ruptura uterina

A ruptura uterina é uma complicação obstétrica rara e grave que pode ocorrer durante o parto vaginal ou cesariana. Trata-se de uma ruptura completa ou parcial da parede uterina, o que pode levar à hemorragia grave e colocar a vida da mãe e do feto em risco. Os principais fatores de risco para a ruptura uterina incluem partos prévios com cesariana, indução do trabalho de parto com prostaglandinas, trabalho de parto prolongado, uso de ocitocina sintética para acelerar as contrações, gestação múltipla e malformações uterinas. Os sintomas da ruptura uterina variam de acordo com a gravidade da lesão, podendo incluir dor abdominal intensa, perda súbita de líquido amniótico, hemorragia vaginal, queda da pressão arterial, taquicardia fetal e sofrimento fetal agudo. O tratamento da ruptura uterina depende da extensão da lesão, mas geralmente envolve uma cirurgia de emergência para reparar a parede uterina e interromper a hemorragia. Em casos graves, pode ser necessário realizar uma histerectomia de emergência para salvar a vida da mãe. Prevenir a ruptura uterina é possível através da escolha cuidadosa do tipo de parto, realizando cesariana em casos de risco elevado, evitando a indução do trabalho de parto com prostaglandinas em gestações com cicatrizes uterinas ou malformações, monitorando ativamente o trabalho de parto com uso de cardiotocografia e evitando o uso indiscriminado de ocitocina sintética. Nas gestações de alto risco, é fundamental que a equipe médica esteja capacitada para identificar precocemente os sinais e sintomas de ruptura uterina e realizar o tratamento adequado, sempre com foco na preservação da vida da mãe e do feto.